quarta-feira, 25 de maio de 2011

Santo Sudário


O Sudário de Turin é um pano de linho, com 4 metros de comprimento. Tem uma imagem apagada, cor de palha, de um corpo de homem adulto, de constituição média, que aparentemente foi crucificado (marcas nas mãos e pés). Registros históricos situam o sudário em 1350, mas nos últimos 600 anos generalizou-se a afirmação de que esta é a mortalha de Jesus Cristo. Nos últimos anos foram feitos numerosos ensaios químicos e de outras naturezas com pequeninos fragmentos do tecido. A conclusão geral é de que a imagem não foi pintada no tecido por qualquer método convencional, embora não se possa dizer, exatamente, como foi impressa. Recentes progressos nos métodos de datação radioquímica levaram a novo esforço em 1987-1988, para estimar a idade do tecido. Com datação pelo carbono quatorze, mostrou-se que o linho de que foi feito o sudário prosperou entre 1260 e 1390 d.C.. No entanto, outros estudos foram realizados, levando-se em conta, um incêndio que ocorreu por volta do século XII, no qual o sudário foi exposto, sendo assim a datação por C14 foi influenciada por este incêndio, sendo observado nos novos estudos que o tecido era datado por volta dos primeiros séculos depois de Cristo, sendo assim, é possível que o tecido seja o mesmo que cobriu Cristo.
Os isótopos de C-14 entram na biosfera quando o dióxido de carbono é captado pelas plantas, durante a fotossíntese. As plantas são posteriormente ingeridas pelos animais que acabam por libertar o C-14 sob a forma de CO2. O isótopo de C-14 participa em muitos aspectos do ciclo do carbono.

O C-14 perdido por decaimento radioativo é constantemente substituído, através da produção de novos isótopos na atmosfera. Como resultado deste processo de desaparecimento ─ formação, estabelece-se um equilíbrio dinâmico responsável por manter uma razão constante de C-14 para C-12 na matéria viva.

Contudo, a partir do momento em que uma planta ou animal morre, o C-14 perdido por decaimento radioativo deixa de ser substituído pela absorção de mais carbono radioativo. A razão C-14/C-12 vai assim diminuindo á medida que o C-14 decai.
Este fenômeno ocorre também quando os átomos de carbono ficam aprisionados em carvão, petróleo ou em restos de madeira preservados sob a superfície e também, evidentemente, nas múmias egípcias. Ao fim de alguns anos, a proporção de núcleos C-14 numa múmia é menor do que num ser vivo.
O seu sucesso depende da exatidão com que conseguimos medir a velocidade de decaimento. Em amostras atuais, a razão C-14/C-12 é de cerca de 1/1012. Assim sendo, o equipamento utilizado na medição do decaimento radioativo tem de ser muito sensível. Fazer com precisão medidas sobre amostras antigas é ainda mais difícil, pois estas amostras contêm ainda menos núcleos C-14.
Apesar das dificuldades, a técnica de datação pelo radiocarbono tornou-se uma ferramenta de grande valor para estimar a idade de artefatos arqueológicos, pinturas e outros objetos de idades compreendidas entre 1000 e 50000 anos.
A determinação da idade do Sudário de Turim foi uma das aplicações recentes mais importantes do método de datação pelo radiocarbono.
Três laboratórios na Europa e nos Estados Unidos determinaram a idade do Sudário em 1988 a partir de amostras com menos de 50 mg. As medidas independentes mostraram que o Sudário deve datar de entre 1260 e 1390 d.C.
Assim sendo, este Sudário não pode ter sido a mortalha de Cristo.



http://www.quiprocura.net/sudario.htm 
http://www.mundovestibular.com.br/articles/1069/1/DETERMINACAO-DA-IDADE-DO-SANTO-SUDARIO/Paacutegina1.html 

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