sexta-feira, 6 de maio de 2011

OXI a nova droga que vem destruindo jovens no Brasil

Se você acha que o crack é a epítome do tenso, prepare-se pra se assombrar. Tá rolando pelo Norte e Nordeste brasileiro um primo da pedra filosofal mais treze ainda: se chama “óx-ci”, de oxidado (não “ô-xi”), e é resultado da substituição do bicarbonato e do amoníaco usados pelos nóias do Centro-Sul na mistura com o cloridrato de cocaína por querosene e cal virgem.
Resultado: 30% dos fissurados em oxi morrem em menos de um ano, segundo a pesquisa da REARD (Rede Acreana de Redução de Danos). Com o crack regular, um nóia dura uma média de oito anos.

Foi nesse estudo, aliás, o Vulnerabilidade à Aids por Usuários de Drogas, que se ouviu falar do oxi pela primeira vez, em 2003. Eles foram a campo tentar entender a relação entre o uso de merla/mescla (pasta de cocaína) com o aumento de doenças sexualmente transmissíveis e deram de cara com a droga, até então desconhecida no Brasil (vulgo Região Sudeste), apesar de, por lá, ser comercializada a preços mais baixos que seu primo dos condomínios brasilienses – por volta de R$ 3 a R$ 5.

Mas a coisa tá rolando com força, e as pedras amareladas de oxi já foram apreendidas no Acre, Maranhão e Pará, e, anteontem, fizeram com que a Polícia Rodoviária do Piauí começasse a se preocupar. E eu também, então resolvi procurar o Denarc pra ver se as ruas da capital continuavam seguras para eu poder fazer um filho por aqui. Com a palavra, o diretor geral do Departamento de Investigações sobre Narcóticos, delegado Marco Antônio Pereira Novaes de Paula Santos:

“[O oxi] não chegou [a São Paulo] e nunca vai chegar! Não vai chegar porque a qualidade é pior. Lá eles têm dificuldade em conseguir alguns insumos básicos que são fáceis de conseguir por aqui. Foi por isso que surgiu o oxi lá, que na verdade nada mais é que um crack de pior qualidade. É mais danoso à saúde? É, porque os insumos são diferentes. Em tese, os dois são ruins, mas os insumos do oxi são mais nocivos. Mas não temos conhecimento dessa droga sendo comercializada aqui.”
Outro lado perverso do Oxi

Se a dependência química em relação a cocaína já é um problema seríssimo, o uso do oxi quase sempre desencadeia o consumo de álcool – cachaça, cerveja ou até mesmo o álcool de farmácia (os usuários do oxi em geral tem uma renda muito baixa). Além da dependência química o oxi pode levar ao alcoolismo.
No começo o dependente químico em oxi parece sentir uma sensação de euforia, de ânimo. Depois vem o medo, a mania de perseguição, a paranóia”. A droga só dá “barato” no momento em que está sendo consumida, e cada pedra dura cerca de 15 minutos. Para perpetuar o barato, o álcool serve de alívio entre uma dose e outra, num ritual que se alonga por mais de 6 horas, geralmente à noite.


Para conseguir mais droga e dar fim a “fissura”, é comum que os usuários se entregarem a pequenos roubos e à prostituição, o que os torna mais vulneráveis à AIDS e demais doenças sexualmente transmissíveis.
 
http://www.jadsonet.com/2010/11/oxi-nova-droga-que-vem-destruindo.html
http://www.jadsonet.com/2011/02/consequencias-do-uso-da-droga-oxi.html

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