O primeiro ponto a ser discutido com relação a cheiro, diz respeito à intensidade dos mesmos. Podemos notar facilmente que algumas espécies de plantas liberam substâncias que têm um forte aroma, enquanto que o aroma de outras só pode ser notado quando bem próximos.
Voltando ao caso das espécies de plantas, aquelas que apresentam substâncias mais voláteis tendem a ser notadas a maiores distâncias, chegando aos nossos órgãos sensitivos mais rapidamente.
Mas, e no que diz respeito à percepção destes compostos pelo organismo humano, precisamos estar cientes de que o olfato não é o melhor de nossos sentidos. À medida que os primatas evoluíram e surgiu a espécie humana, a sensibilidade do olfato diminuiu. Entre todos os primatas, seres humanos são os que mais possuem glândulas produtoras de odores, sendo capazes de discernir talvez 10 mil ou mais cheiros diferentes. Entretanto, somos entre 10 e 20 vezes menos sensíveis no que diz respeito ao olfato quando comparados a um cachorro, e ainda mais comparados a um rato.
Quando sentimos um o cheiro de uma laranja, por exemplo, diversas terminações são estimuladas pelas diferentes substâncias liberadas pela casca da fruta e conduzidas para o cérebro. Agora, os “bits” de informação serão reunidos e analisados, e comparados com informações prévias armazenadas na memória, permitindo a identificação do cheiro.
Estes quimioreceptores (cílios de células sensoriais) presentes na mucosa nasal enviam o estímulo ao nervo olfatório e, daí, o estímulo chega a uma área do encéfalo denominada bulbo olfatório. Os estímulos que chegam a esta região são organizados e conduzidos por circuitos específicos de neurônios para diversos centros cerebrais, entre os quais se encontra o sistema límbico, uma das áreas mais importantes no processamento das emoções, sexualidade e desejo. Essa conexão entre o bulbo olfatório e o sistema límbico constitui uma via muito mais rápida de transmissão do estímulo do que a percorrida pelas informações visuais ou auditivas.
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